sábado, 9 de junho de 2018

QUÍMICA DA PELE

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Por que o mesmo perfume tem cheiro diferente em pessoas diferentes? Este é mais um dos maiores mistérios que tornam o universo de fragrâncias tão excitante. O cheiro muda basicamente por dois motivos: pela complexidade da pele e da fragrância. Se estivéssemos falando de apenas um componente – por exemplo, absoluto de rosas – e colocássemos uma gota dele sobre uma superfície de vidro, as moléculas de rosa aos poucos exalariam e sentiríamos seu odor. Repetindo o mesmo experimento, o aroma seria o mesmo. Se trocássemos a base de vidro por outro material, a dissipação molecular já seria diferente. Agora imagine um perfume com dezenas de componentes borrifado sobre uma pele humana constituída de água, gordura, proteínas, fibras, pelos, ácidos graxos, sais e açúcares… O maior impacto na performance de uma fragrância pode ser resumido ao nível de oleosidade da pele. Peles secas (especialmente logo após o banho) tendem a absorver mais do que peles oleosas, diminuindo assim a projeção das moléculas fragrantes no ar. A solução é a aplicação de um hidratante sem cheiro antes de se borrifar o perfume. Fatores como alimentação e consumo de álcool/drogas têm bem menos impacto do que reza a lenda.

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