
A revolução química do século XIX ampliou as possibilidades da perfumaria vertiginosamente. Com a síntese da vanilina para substituir a baunilha (cujos custos de extração da essência são altíssimos), a casa Guerlain lançou em 1889 Jicky – um perfume com uma nota marcante de baunilha obtida através desse composto artificial. Mas afinal, o que é melhor: um perfume natural ou um perfume sintético? O melhor perfume é, na verdade, aquele que combina elementos naturais e sintéticos. Elementos naturais têm a desvantagem de serem mais propensos a causar reações adversas em seres humanos, enquanto os sintéticos são manipulados em laboratório já com esta preocupação (embora alguns sintéticos possam ser alérgenos). Um odor sintético quando tenta imitar um odor encontrado na natureza não tem a mesma força e riqueza, salvo raríssimas exceções (como a cumarina). Se você quiser provar um perfume inteiramente natural, vá a uma loja da Lush – casa que atende o nicho orgânico. Suas criações mostram o que é um perfume natural – vívido, forte, adstringente, quase medicinal. Muitos gostam, mas a maioria rejeitaria. Perfumistas competentes sabem trabalhar o natural e o sintético de forma que um complemente o outro e que sua combinação produza um resultado belo e eficiente.
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