
Há cerca de 50 anos casas de fragrância começaram a investir fortemente em tecnologia, incentivando designers a terceirizarem suas linhas de perfumes para focar naquilo de que melhor entendiam – roupas, joias e acessórios. Hoje apenas quatro empresas fabricam e controlam a logística de seus perfumes: Chanel, Hermès, Patou e o grupo LVMH (Guerlain, Dior, Kenzo e Givenchy, entre outros). Obviamente o envolvimento dessas marcas é muito maior – aqui elas controlam desde plantações de flores até ao canal de distribuição. Os demais designers licenciam suas grifes para grandes conglomerados como L’Oréal, Puig, Coty, Elizabeth Arden, Estée Lauder, Revlon e Procter & Gamble. Estes trabalham juntamente com casas de fragrância como Givaudan (Suiça), IFF (EUA), Firmenich (Suiça), Symrise (Alemanha), Mane (França), Takasago (Japão) e Drom (Alemanha), que juntas perfazem 80% do mercado. Tipicamente o designer envia um briefing às casas de fragrância e a melhor amostra ganha a concorrência. O perfumista é creditado, mas é o nome do designer (ou celebridade) que aparece no frasco. O boom das lojas de departamento nos anos 80 colaborou para o culto às marcas, que ganharam seus quiosques dedicados. A entrada do novo milênio, por fim, foi marcada por um novo canal, a perfumaria de nicho, destinada a atender um novo tipo de consumidor: o connoisseur.
Nenhum comentário:
Postar um comentário