EDT's
Primeiro o mito: um eau de
toilette (EDT) não é simplesmente a versão mais fraca de um eau de parfum
(EDP). O conceito de EDT ganhou força durante a massificação da
perfumaria, com o objetivo de servir o dia a dia da
mulher – faire sa toilette significa “se arrumar” em francês.
Desta forma, a versão EDP – com projeção superior – era guardada para
eventos noturnos ou ocasiões especiais. Para fazer um EDT, perfumistas não
apenas diminuem a concentração de óleo essencial, mas
também retrabalham a fórmula para que a fragrância
se harmonize dentro da nova concentração – obviamente por trás disso
há também uma estratégia de marketing para incentivar a compra de ambas
versões. No EDT, as notas de fundo são amenizadas ou substituídas por
outras mais leves (por exemplo, madeiras no lugar de resinas) e, às vezes,
também as de coração (por exemplo, flor de laranjeira no lugar do jasmim).
Todavia, a parte mais modificada é o topo, reforçado para transmitir
a sensação de leveza, brilho e frescor ausente ou limitada no EDP.
Depois da popularização dos flankers a partir de 2000, a indústria
partiu para extensões de linha, introduzindo versões EDT de perfumes que
vendem bem. Se por um lado esta é uma forma de aumentar as vendas, por outro é
igualmente um benefício para o usuário, que agora pode ter a sua
fragrância assinatura na versão EDT para o trabalho e EDP para a balada.
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