sexta-feira, 8 de junho de 2018

CONCEITOS BÁSICOS

EDT's


Primeiro o mito: um eau de toilette (EDT) não é simplesmente a versão mais fraca de um eau de parfum (EDP). O conceito de EDT ganhou força durante a massificação da perfumaria, com o objetivo de servir o dia a dia da mulher – faire sa toilette significa “se arrumar” em francês. Desta forma, a versão EDP – com projeção superior – era guardada para eventos noturnos ou ocasiões especiais. Para fazer um EDT, perfumistas não apenas diminuem a concentração de óleo essencial, mas também retrabalham a fórmula para que a fragrância se harmonize dentro da nova concentração – obviamente por trás disso há também uma estratégia de marketing para incentivar a compra de ambas versões. No EDT, as notas de fundo são amenizadas ou substituídas por outras mais leves (por exemplo, madeiras no lugar de resinas) e, às vezes, também as de coração (por exemplo, flor de laranjeira no lugar do jasmim). Todavia, a parte mais modificada é o topo, reforçado para transmitir a sensação de leveza, brilho e frescor ausente ou limitada no EDP. Depois da popularização dos flankers a partir de 2000, a indústria partiu para extensões de linha, introduzindo versões EDT de perfumes que vendem bem. Se por um lado esta é uma forma de aumentar as vendas, por outro é igualmente um benefício para o usuário, que agora pode ter a sua fragrância assinatura na versão EDT para o trabalho e EDP para a balada.

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